@MASTERSTHESIS{ 2018:1824078550, title = {O movimento responsivo e o arranjo tópico em sala de aula}, year = {2018}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1482", abstract = "Esta dissertação tem por tema o movimento responsivo marcado no discurso falado em sala de aula. A partir do exame desse movimento em um cenário singular e naturalístico, à luz dos preceitos da Análise da Conversação e da teoria do Círculo de Bakhtin, o olhar se volta à interação entre professora e alunos. Dois eixos teóricos fundamentam a investigação: aspectos do pensamento do Círculo ¿ Bakhtin (1920/2012, 1921/2014) ¿ vinculam-se aos estudos do exame do texto falado, provenientes da vertente linguística da Análise da Conversação, representada pelas referências internacionais de Kerbrat-Orecchioni (2006) e Goffman (2012, 2014); e pelas referências nacionais de Marcuschi (1986) e Jubran (2015). Tais filiações teóricas, apesar de distintas, ancoram uma unidade de observação sistemática do fio da conversação e do entorno interacional que envolve a troca, ambos possibilitados pela inserção do pesquisador em campo mobilizado por um corpus autêntico. O estudo é motivado pela possibilidade decorrente da imersão no ambiente de interação escolar - local em que professores e alunos, por meio da manifestação linguística, da apropriação da palavra e do espaço de dizer, estabelecem relações de sentido. O objetivo central desta pesquisa constitui-se em analisar as projeções do movimento responsivo do aluno em relação ao discurso do professor no texto falado em de sala de aula com vistas a apontar de que forma essa responsividade se configura e, consequentemente, influencia a interação no espaço escolar. Em função desse objetivo maior, o trabalho propõe-se a: apreender e demonstrar o movimento responsivo do aluno em relação ao discurso do professor por meio das marcas verbais e não verbais constituintes do texto falado no espaço de sala de aula; descrever o grande arranjo tópico que dá forma à interação em sala de aula, estabelecendo regularidades derivadas da situação singular registrada; e, por fim, identificar a relação que há entre as marcas de responsividade do aluno e a organização discursiva no espaço escolar. Para tanto, esta investigação configura-se como exploratória, descritiva e qualitativa. Como caminhos de análise, adotaram-se dois contornos: i) o quadro geral de domínio autêntico da interação e a sua organização tópica discursiva; e ii) segmentos conversacionais transcritos priorizados em função da demonstração do movimento responsivo por meio das projeções discursivas no evento observado. Em síntese, a análise permite estabelecer algumas considerações: na interação, há a presença constante e recorrente de tópicos formais em função do controle estabelecido pela professora. No decurso desse tópico, cujo objetivo discursivo corresponde ao conteúdo de aula, os alunos, em geral, respondem de uma maneira desengajada e desfocada. Esse baixo grau de engajamento ao tópico formal ocasiona algumas estratégias de cisão e inclusão de tópicos paralelos caracterizados pela conversa espontânea. A partir dos procedimentos de negociação desse grande arranjo tópico, foi possível apreender uma característica relevante do movimento responsivo: enquanto há marcas da discrepância entre os propósitos interacionais da professora e dos alunos, há evidências de que, em relação aos propósitos imbricados ao papel social de professora e alunos, a nota (avaliação formal) representa o ponto de acordo entre os envolvidos.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }