@MASTERSTHESIS{ 2016:154127103, title = {Produção de biossurfactantes a partir de resíduos da indústria de laticínios para aplicação em processos de biorremediação}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1424", abstract = "A produção de biossurfactantes a partir de meios de cultivo contendo resíduos agroindustrais tem sido foco de vários estudos, dada à necessidade de redução do custo de produção destes biocompostos. A aplicação dos biossurfactantes ocorre em inúmeros setores industriais, e também em processos de biorremediação, onde o composto permite a dessorção e consequente emulsão do contaminante, facilitando, assim, a assimilação pelos microrganismos autóctones, culminando na remediação do solo contaminado. O objetivo deste estudo foi produzir biossurfactantes e utilizar estes biocompostos em processo de biorremediação ex situ de solo contaminado com biodiesel. Os biossurfactantes foram produzidos pelas bactérias Bacullus methylotrophicus e Bacillus pumilus, previamente isoladas de solo contaminado com óleo diesel. A produção de biossurfactantes foi realizada utilizando fermentação submersa em meio de cultivo compostos por soro de leite ou permeado da ultrafiltração de soro de leite, suplementados por fontes de nitrogênio, micronutrientes e indutores. Posteriormente, o biossurfactante obtido a partir dos meios de fermentação foi utilizado em um planejamento experimental com o objetivo de avaliar a influência da adição de biossurfactantes na biorremediação de solo contaminado com biodiesel. Os biossurfactantes produzidos mostraram-se adequados para a diminuição da tensão superficial, sendo que o menor valor de tensão superficial obtido foi para o tratamento com adição de sulfato de amônio, na concentração de 1,0%, com micronutrientes e como indutor óleo de soja, na concentração de 2,0%, para ambos os microrganismos. A tensão superficial mínima, para fermentação com soro de leite, foi obtida com Bacillus methylotrophicus (27,51 mN/m) e na fermentação realizada utilizando o permeado de soro de leite a partir de ultrafiltração a tensão superficial foi de 26,02 mN/m, usando o Bacillus pumilus. Ambos os microrganismos apresentaram estabilidade de comportamento, pois na repetição do tratamento com maior redução da tensão superficial obtiveram-se resultados muito próximos aos alcançados na execução do planejamento. Os biossurfactantes produzidos demonstraram potencial para aplicação em biorremediação de solo contaminado com biodiesel, sendo que a remoção máxima, em torno de 57%, foi obtida nos ensaios realizados com biossurfactante adicionados na concentração de 0,5% e 1,0% em solo não esterilizado, após 90 d de ensaio. Com relação aos tratamentos com o solo estéril, a remoção do contaminante ficou em torno de 20%, indicando que o percentual de biossurfactante não influenciou. Esse percentual ocorre devido à adesão do contaminante na matriz do solo, não sendo possível a remoção pelos métodos e solventes utilizados. A liberação de CO2, apresentou valores elevados de carbono acumulado nos ensaios adicionados de biossurfactante, sendo o valor máximo de 6.474,41 mg C-CO2/kg de solo, com adição de 0,5% de biossurfactante. Desse modo, verificou-se que o uso de biossurfactantes nas concentrações de 0,1% a 1,0% auxiliaram na remoção do biodiesel em solo, sem influência nos processos físico-químicos do contaminante no solo.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental}, note = {Faculdade de Engenharia e Arquitetura – FEAR} }