@MASTERSTHESIS{ 2016:2114475249, title = {Cultivo de microalgas com efluente de maltaria para obtenção de biocombustíveis}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1346", abstract = "Na produção de malte são gerados efluentes líquidos com concentrações de fosfato e nitrato, que mesmo após o tratamento biológico de efluente, necessitam de tratamento físico-químico a fim de tornar o efluente passível de ser descarregado nos corpos hídricos. Caso contrário, estas substâncias podem ocasionar o fenômeno de eutrofização. O tratamento físico-químico, por sua vez, além de apresentar custo elevado, pode causar contaminações em leitos de rios com residuais de coagulantes químicos, alterando a qualidade da água do corpo receptor. Os processos biológicos apresentam características apropriadas para auxiliar no combate à poluição, tornando os microrganismos objetos de diversos estudos e pesquisas. O uso de microalgas no tratamento de efluentes é uma alternativa viável do ponto de vista econômico em relação aos sistemas convencionais secundários e terciários. Os cultivos microalgais podem ser utilizados para a remoção de nitrogênio e fósforo de efluentes, agregando valor ao processo pela possibilidade de utilização da biomassa microalgal obtida para outras finalidades, como por exemplo, para a produção de biocombustíveis. O objetivo do trabalho foi utilizar efluente de maltaria no cultivo de microalgas, a fim de aumentar as produtividades em carboidratos e/ou lipídios da biomassa microalgal, proporcionando a remoção de poluentes, através da utilização destes como fonte nutricional para as microalgas. O efluente tratado por processo biológico da maltaria foi submetido à caracterização físico-química, identificando-se as concentrações presentes, principalmente dos compostos nitrogenados e fosfatados, mostrando que as concentrações de fosfato são consideradas altas em termos de legislação e que após ajustes nas concentrações de nitrogênio, o mesmo apresenta-se promissor no fornecimento de nutrientes para microalgas. Para a seleção de microalgas, foram utilizadas microalgas dos gêneros Spirulina, Chlorella, Scenedesmus e Synecochoccus. Com adição de 30% do efluente de maltaria nos cultivos, as concentrações de carboidratos aumentaram atingindo valores de 30,07% para Spirulina platensis LEB 52, 24,67% para Spirulina platensis Paracas, 25,50% para Scenedesmus obliquus, 48,93% para Chlorella homosphaera, 26,38% para Chlorella minutissima e 49,86% para Synechococcus nidulans. Apesar das altas concentrações de carboidratos na biomassa das microalgas Chlorella homosphaera e Synecochoccus nidulans, as maiores produtividades em carboidratos foram obtidas pelas microalgas Spirulina platensis LEB 52 (27,05 mg.L-1.d-1) e Spirulina platensis Paracas (20,77 mg.L-1.d-1). O cultivo de microalgas foi eficiente na remoção dos compostos nitrogenados e fosfatados do efluente de maltaria, atingindo níveis de remoção de até 93,13% para nitrato e 89,76% para fosfato. A utilização de 50% de efluente no cultivo da microalga Spirulina platensis LEB 52, em tanque tipo raceway pond, apresentou-se eficiente na remoção de nitrato e fosfato, porém com concentração celular menor e produtividade de carboidratos (12,26 mg.L-1.d-1) também menor, quando utilizado 30% do efluente. Pode-se concluir, que a utilização de efluente de maltaria no cultivo de microalgas, é uma alternativa viável para a redução de custos com o meio de cultivo, assim como, a utilização de microalgas na remoção de compostos nitrogenados e fosfatados é uma alternativa aos tratamentos convencionais para remoção destes poluentes. O trabalho possibilita agregar valor a um efluente através da redução de custos de produção de biocombustíveis de microalgas.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos}, note = {Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAMV} }