@MASTERSTHESIS{ 2016:1794903397, title = {A complexificação de conhecimentos de crianças, na educação infantil: um estudo de caso}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1253", abstract = "A Educação Infantil, como etapa da Educação Básica, ainda carece de definições, dentre as quais as que dizem respeito à sua proposta curricular, especialmente ao tratar da relação entre os conceitos advindos das experiências da criança e os de cunho científico. Com esta dissertação objetiva-se reconhecer e analisar ações que, pela intervenção do(a) professor(a) e pelo processo de interação e colaboração entre crianças, tornam possível a constituição e a complexificação de sistemas conceituais na Educação Infantil. A questão orientadora da investigação que sustenta esta exposição tem a seguinte formulação: mediante que ações os sistemas de conceitos são constituídos e complexificados no processo de interação e colaboração entre crianças e pela intervenção da professora na Educação Infantil? De abordagem qualitativa, este estudo possui caráter exploratório, beneficiando-se de elementos metodológicos da teoria fundamentada e do estudo de caso, e orienta-se pelos princípios da análise microgenética. Foram observadas turmas de Pré-Escola I e Pré-Escola II de uma escola de Educação Infantil da rede pública de Passo Fundo, sendo os registros feitos mediante videogravação e produção de diário de campo. Fundamenta a pesquisa a Teoria Histórico-Cultural, especialmente, os estudos de Vigotsky (2007, 2009) sobre aprendizagem e desenvolvimento e sobre a elaboração de conceitos na criança. Parte-se da premissa vigotskiana segundo a qual o acesso ao conceito científico na sua relação com os sistemas conceituais é condição para a (re)significação e a sofisticação do conhecimento, que se realizam por meio da tomada de consciência e da arbitrariedade. Propõe-se, com base nessa teoria, quatro princípios que podem ser acionados para compreender situações de interação envolvendo a tríade criança, professor e conhecimento: tornar conhecido ao professor os conhecimentos já elaborados pelas crianças, para que sua intervenção seja planejada com vistas à produção de novos conhecimentos; estabelecer relação entre conhecimentos que as crianças já possuem e conceitos científicos; estimular a expansão do vocabulário como estratégia de complexificação dos conhecimentos; criar um espaço que permita à criança (re)elaborar seus conhecimentos num processo de interação e cooperação. Considera-se os processos de sistematização e de institucionalização expostos por Brousseau (2008) e tematizados por Lerner (2004), Dickel, Laimer e Scartazzini (2016) e Freire (2014) como estratégias fundamentais em um currículo em que as vozes das crianças ganham espaço e legitimidade. Destaca-se que a Educação Infantil é um momento imprescindível à formação integral da criança e tem, pela intervenção do (a) professor(a), o compromisso de dar-lhe voz e vez, de criar oportunidades para que, na atividade, ela possa aprender e se desenvolver cognitiva e afetivamente, de maneira cada vez mais sofisticada, em diálogo com a cultura. Assim, como interlocutoras inteligentes, as crianças possuem seu lugar na consolidação de uma proposta curricular que favoreça a incorporação de suas manifestações, de suas experiências e interpretações acerca do mundo. Ao oferecer algumas contribuições para o campo da Educação Infantil, especialmente no que tange aos aspectos curriculares e à incorporação da linguagem verbal das crianças ao planejamento pedagógico, os resultados apontaram que as ações informadas pelos princípios elaborados com base na Teoria Histórico-Cultural, a escuta, a instituição de perguntas, o processo de sistematização e de institucionalização são indicadores de como os sistemas de conceitos são constituídos e complexificados nas diversas situações de interação que envolvem a intervenção da professora e a colaboração entre as crianças.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }