@MASTERSTHESIS{ 2016:1406347738, title = {O capital cultural do estudante da EAD na educação superior brasileira}, year = {2016}, url = "http://tede.upf.br/jspui/handle/tede/1240", abstract = "Este estudo tem o objetivo de contribuir na construção do conhecimento acerca da modalidade educação a distância no ensino superior brasileiro, respondendo às questões: o perfil preponderante de capital cultural do aluno da modalidade EaD é análogo ao do aluno da modalidade presencial e adequado à modalidade EaD? Para tanto, foi utilizada a combinação dos métodos pesquisa bibliográfica, análise documental, método estatístico e método comparativo. Para ponderar o capital cultural do estudante EaD e averiguar em que medida o perfil do aluno EaD era análogo ao do aluno presencial foram comparados os respondentes ao Enade 2009 e os discentes de três cursos em específico - Administração (concluintes 2009), Ciências Contábeis (concluintes 2009) e Pedagogia (concluintes 2008) - elegidos por possuírem a quantidade adequada de alunos necessária à realização de comparações estatísticas e o curso de Pedagogia (do ano anterior) por ser um curso de formação de professores, área de grande representatividade na EaD, não avaliada no Enade 2009. Trabalhou-se com os dados de 2009 por ser esse o último ano em que o INEP apresentou de forma distinta as informações referentes à educação a distância e à educação presencial. O foco do estudo foi o "Questionário do estudante", em particular quatro questões: renda familiar mensal, formação da mãe, formação no ensino médio e situação de trabalho do estudante. De forma geral, o estudante EaD é mais pobre, trabalha mais, cursou o ensino médio em escola pública e as mães possuem baixa escolaridade. Relacionando essas informações com o conceito de capital cultural de Pierre Bourdieu, verifica-se que o estudante da educação a distância do ensino superior brasileiro possui capital cultural menor do que capital cultural do estudante presencial. As características levantadas quanto ao aluno EaD permitem ponderar que o público da educação a distância no Brasil não é o mais adequado para essa modalidade de ensino, pois, de acordo com as pesquisas de Maia e Mattar (2007), Moore e Kearsley (2008) e Silva (2012), o aluno EaD deve ser autônomo, digitalmente fluente e organizado. Essas características comumente são encontradas nas camadas da sociedade com nível de capital cultural mais elevado. O trabalho indica que o público da educação a distância de ensino superior no Brasil é díspar do público presencial, sendo detentor de um capital cultural inferior ao público presencial e necessitando de um olhar especializado. Comparar modalidades ou cursos apenas por meio do desempenho dos alunos no Enade, sem considerar o capital cultural dos estudantes, pode levar a equívocos, especialmente se as comparações ocorrerem entre as modalidades EaD e presencial. Não é apropriado tratar ou comparar diferentes como se fossem iguais.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação – FAED} }