@MASTERSTHESIS{ 2015:123771990, title = {The Raven por Machado de Assis e Fernando Pessoa}, year = {2015}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/1031", abstract = "A atividade tradutória se faz necessária em todos os campos do saber. Sendo a poesia um texto de natureza estética, não é difícil entender ser a tradução de textos poéticos o ponto crítico da problemática tradutória. Muitos poetas se levantam contra essa atividade, questionando a traduzibilidade de poesia. O tema desta pesquisa é a tradução de textos poéticos, e a questão norteadora do trabalho é a seguinte: sabendo que elementos como rima, repetições, assonâncias, aliterações, são importantes na construção do texto poético e dificilmente transpostos de uma língua para outra, haveria um modo específico para a tradução de poesia? O objetivo geral, então, é compreender como ocorre a tradução de textos poéticos, ou, seja, entender se elementos estruturais e estilísticos - como o número de versos e estrofes, as rimas, a sonoridade - são preservados ou recriados no texto traduzido, ou apenas se preserva o conteúdo. Esta pesquisa apresenta a análise do poema The Raven de Edgar Allan Poe e das versões deste traduzidas por Machado de Assis e por Fernando Pessoa. A análise se deu pelo viés da teoria semiótica greimasiana, uma teoria da significação que busca explicar os sentidos dos textos a partir de um processo gerativo de sentido, esse processo é estruturado em quatro níveis: fundamental, narrativo, discursivo e da manifestação. Também se buscou embasamento nas teorias da tradução, dentro desse escopo teórico o que se percebeu é que existe a tradução literal e a recriação/transcriação (que se resume em dominar a língua de partida e de chegada, extrair do estrangeiro o que é essencial e recriá-lo), abordadas neste estudo por Haroldo de Campos (1994) e Augusto de Campos (2011). A luz da teoria semiótica foi possível perceber que na recriação de textos poéticos o que ocorre é a preservação dos níveis fundamental e narrativo, pois, são os níveis mais abstratos de organização do conteúdo onde as estruturas não se alteram. A dificuldade maior se encontra nos níveis discursivo e da manifestação. As alterações no nível discursivo se devem as escolhas subjetivas do tradutor. O problema real da recriação está no nível da manifestação onde alguns elementos podem ser mantidos, mas, obrigatoriamente, terão de modificar outros, pois é impossível manter a identidade de rimas, assonâncias, aliterações, repetições, uma vez que as palavras têm significantes diferentes e precisam ser recriadas para dar beleza ao texto. A análise também permite dizer que Pessoa procurou ser fiel à forma (manteve o mesmo número de estrofes e de versos e o esquema rimático) do poema original, o que não acontece em Machado (que mantém o número de estrofes, mas altera significativamente o número de versos e o esquema rimático). Essas duas versões apontam que a técnica da recriação preserva o conteúdo essencial do texto, mas modifica seu plano de expressão", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Estudos Linguísticos e Estudos Literários} }