@MASTERSTHESIS{ 2015:1966033315, title = {Análise argumentativa de fábulas de esopo e de suas releituras por Millôr Fernades}, year = {2015}, url = "http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/1030", abstract = "O presente trabalho objetiva explicitar os sentidos argumentativos das narrativas das fábulas juntamente com os sentidos de suas morais escritas por Esopo e suas releituras, por Millôr Fernandes. A partir dessa explicitação, busca-se verificar se as fábulas se diferenciam apenas em sua manifestação linguística, ou também em sua argumentação. Como consequência dessa verificação, almeja-se compreender quais eram os ensinamentos pretendidos por ambos os autores, em virtude das diferentes épocas em que as fábulas foram escritas. Outro objetivo proposto pelo trabalho é explicitar qual o sentido do termo fabuloso, utilizado por Millôr Fernandes na denominação de suas fábulas. O gênero fábula foi escolhido para as análises por se apresentar bem definido quanto à sua forma, permitindo a comparação entre textos de diferentes épocas e por ser um gênero pouco estudado no Brasil. Pretende-se, ainda, através das análises, apresentar um roteiro de leitura do gênero fábula, que compreenda o sentido do texto por meio das relações linguístico-discursivas, o que pode contribuir para o ensino de leitura. Para alcançar os objetivos propostos, utilizam-se os princípios e conceitos da Teoria da Argumentação na Língua (ADL), de Ducrot e Anscombre, especialmente da versão técnica denominada Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), proposta por Carel e desenvolvida juntamente com Ducrot. De acordo com a ADL, a descrição do sentido deve levar em conta o componente linguístico-discursivo, por ser constituída no eixo sintagmático, sendo essa, portanto, uma semântica das relações sintagmáticas. Dessa forma, apenas o discurso é doador de sentido. A TBS reconhece dois tipos de unidades semânticas básicas: o encadeamento argumentativo normativo, isto é, dois predicados unidos por um conector do tipo de donc (=portanto) e o encadeamento argumentativo transgressivo, isto é, dois predicados unidos por um conector do tipo de pourtant (=mesmo assim). Assim, propõe que se atribua como sentido a uma entidade linguística um conjunto de encadeamentos argumentativos em donc (DC) ou em pourtant (PT). Para cumprir o que foi proposto pela investigação, a metodologia constou em selecionar fábulas de Esopo que tinham uma releitura por Millôr Fernandes, fragmentá-las em enunciados, explicitar as argumentações desses enunciados, comparar as argumentações de cada par de fábulas e, por fim, construir um quadro síntese para melhor observar as distinções presentes nas fábulas. Percebeu-se, através das análises, que Millôr Fernandes recria as fábulas, utilizando a estrutura completa da fábula de Esopo, porém acrescentando uma continuação, que inverte o sentido argumentativo da moral, o que dá o caráter fabuloso à fábula. Ademais, nessa continuação reside o caráter irônico das fábulas millorianas, característica não presente nas fábulas de Esopo", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Estudos Linguísticos e Estudos Literários} }