@MASTERSTHESIS{ 2008:455977004, title = {Interfaces da colonização do oeste catarinense : a antiga fazenda Rodeio Bonito (1920-1954)}, year = {2008}, url = "http://tede.upf.br:8080/jspui/handle/tede/2686", abstract = "Esta pesquisa investiga as interfaces da colonização do oeste catarinense, baseando-se no processo colonizador da antiga fazenda Rodeio Bonito, conduzido pela subcolonizadora Irmãos Lunardi, entre 1920 e 1954. Justifica-se por certo avanço na historiografia regional no que tange a formação territorial de Coronel Martins, Entre Rios, Galvão, Ipuaçu, Jupiá, Lajeado Grande, Marema, São Domingos e Xaxim. A questão norteadora desta investigação, ancorando-se na história regional, ocupa-se das particularidades que envolveram a antiga fazenda Rodeio Bonito para mostrar as marcas identitárias que transcenderam o meramente geográfico e que envolveram o cultural, o econômico, o político e a historicidade de diferentes grupos sociais que se fixaram nessa região em decorrência do processo colonizador. Para tanto, faz-se uso da análise documental, bibliográfica e vale-se de memórias orais de caboclos e migrantes que protagonizaram esse processo. Objetiva diagnosticar as disputas territoriais; a organização sociocultural dos caboclos; a trajetória dos migrantes rio-grandenses para o oeste de Santa Catarina; a ação das colonizadoras; a reconstrução de espaços sociais, viários, econômicos, sanitários e domésticos dos migrantes nas novas terras; a operacionalização da Igreja Católica e do Estado no processo colonizador. Os resultados evidenciam que as disputas territoriais desencadearam a colonização oestina; que a postura do Estado e das companhias colonizadoras foi determinante para a apropriação das terras por parte dos migrantes sul-rio-grandenses, ao passo que, os caboclos foram lícita ou ilicitamente afastados das áreas que ocupavam; que a fazenda Rodeio Bonito, antiga propriedade da baronesa de Limeira, foi concedida pelo Estado à colonizadora Bertaso, Maia & Cia. como pagamento pela construção da estrada entre Passo dos Índios e Goio-En; em 1920, essa área foi vendida à subcolonizadora Irmãos Lunardi, a qual partiu para a colonização controlada, demarcando lotes destinados principalmente à policultura familiar e à exploração da madeira. Os compradores das terras eram essencialmente de Guaporé, Veranópolis, Antônio Prado, Getúlio Vargas e Fagundes Varela, no Rio Grande do Sul. Além disso, o estudo constata a operacionalização da Igreja Católica, dos educandários religiosos e do Estado na expansão da brasilidade e do catolicismo romanizado numa área que metaforicamente se transformou numa trincheira católica. De maneira singular, evidencia também a complexa teia de interesses das forças locais e regionais na evolução jurídico-administrativa de antiga fazenda Rodeio Bonito para município de Xaxim.", publisher = {Universidade de Passo Fundo}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH} }